terça-feira, 25 de maio de 2010

Túnel do Tempo - Independência do Brasil


   Após a chegada da família real ao Brasil, em 8 de março de 1808, tudo aqui mudou. Para começar, o Brasil não era mais colônia, se tornou Reino Unido de Portugal e Algarves. Além disso o Rio de Janeiro, capital do império, passou por um rápido crescimento: houve a criação da Biblioteca Nacional, do Banco do Brasil, além da construção do palácio e do jardim botânico.
   Muitos pensam que a família real veio ao Brasil por que esta terra era rica em tudo, mas a história aqui é outra. Napoleão III, ou mais conhecido Napoleão Bonaparte, estava invadindo a Europa feito um louco. Pegou a Espanha e estava indo de encontro a Portugal. Em Portugal o clima era horrível. Nem o príncipe regente da época, D. João VI estava com esperança de que pudessem sair dessa. A França então deu um ultimato: ou Portugal se rendia e abria os portos às nações amigas da França ou... bem, já sabem. Portugal ficou em uma encruzilhada: ou se rendia à França e brigava com a Inglaterra ou ficava com a Inglaterra e lutava contra a França. No fim acabaram fugindo para cá. D. Maria, rainha de Portugal, era a única que dizia que se Portugal fugisse perderia toda sua honra, era necessário ficar e lutar contra os franceses, mesmo que perdessem. Por isso ela foi taxada de D. Maria, A Louca.
   Avançando um pouco no tempo, vamos chegar ao ano de 1820. A Revolução do Porto pedia a volta de D. João, agora rei, para Portugal. Nessa revolução, os principais pedidos eram que D. João retornasse, a economia voltasse para a metrópole e que o Brasil voltasse aos domínios econômicos de Portugal, ou seja, virasse novamente colônia.
   Em 1821 a corte retorna para Portugal, mas Pedro fica aqui como príncipe regente. D. João começa a querer que seu filho retorne à Portugal, assim o Brasil podia se tornar novamente uma colônia. Pedro "gostava" daqui e resolveu ficar. Aí começou uma pequena discussão entre pai e filho que resultou no Dia do Fico, em 9 de janeiro de 1822, onde Pedro disse: "Se é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, estou pronto! Diga ao povo que fico".
   Passasse os meses e chega ao Brasil a notícia de que Portugal vai retomar o Brasil como colônia. Pedro estava em uma "viagem de negócios" em Santos. Na realidade, estava na casa da Marquesa de Santos, mas enfim, o importante é saber que foi durante essa viagem que Pedro gritou para uma cavalaria portuguesa "Independência ou Morte". Lindo não? Agora vamos para a verdade, usando o quadro Independência ou Morte como guia:

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   Pois bem, o quadro bem famoso, presente na sala principal de Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga, foi pintado em 1888, 66 anos depois da proclamação. Por isso ele tem alguns erros básicos e despercebidos:
  • Não havia ninguém presente no momento da proclamação. Mas o erro tem justificativa: o autor da obra, Pedro Américo, queria que o povo estivesse presente em um momento tão importante;
  • Aquela casa também não havia naquele local;
  • E por falar no local, as cavalarias estão no lugar errado, cada uma estava em uma margem;
  • Olhe bem para a janela na casa, você vai ver um guarda-chuva do lado;
  • Belo cavalo Pedrão, pena que você proclamou a nossa independência em cima de um jumento;
   Como pode ver, nossa principal referência da nossa independência não pode ser levada a sério. Mas mesmo assim ainda é um marco de nossa história e deve ser tratada com respeito e admiração. Você deve ter notado (ou não) que na história da independência só aparecem duas mulheres, na verdade três: D. Maria, que foi taxada de louca; Marquesa de Santos, a amante; e a Imperatriz Leopoldina, que só servia para fazer filho (segundo pensava Pedro). Acontece que uma mulher teve papel crucial em nossa história. Leopoldina era mais atenta e preocupada com o Brasil do que Pedro, sendo assim cinco dias antes da proclamação da independência, ela preparou um documento que declarava a independência do Brasil de Portugal. Isso por que ela temia que os portugueses pudessem tomar o país. Que coisa não? Mas enfim, para todos os efeitos, nossa independência ocorreu em 7 de setembro de 1822. A partir dessa data Pedro não é mais príncipe regente mas sim Imperador do Brasil, agora com o título D. Pedro I do Brasil.

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